Durante uma reunião do Conselho Deliberativo do Botafogo, realizada nesta terça-feira (14), em General Severiano, o CEO da SAF alvinegra, Thairo Arruda, apresentou um panorama detalhado sobre as finanças do clube. Segundo informações do portal GE, o dirigente respondeu perguntas encaminhadas previamente e destacou que o Botafogo vive um momento de atenção financeira, mas com perspectivas de equilíbrio até o fim de 2025.

Thairo explicou que, neste momento, o Botafogo possui recursos apenas para cobrir as despesas do mês de outubro, mas que há verbas a receber que devem garantir o funcionamento do clube até o fim do próximo ano, sem necessidade de novos aportes imediatos.


Botafogo precisa de R$ 350 milhões para garantir caixa até 2026

Apesar da projeção de estabilidade em 2025, Thairo Arruda foi direto ao afirmar que o Botafogo precisará de um novo investimento para manter a sustentabilidade financeira até meados de 2026. Segundo ele, o valor necessário seria de R$ 350 milhões, que dependeriam de um aporte do controlador John Textor, dono da empresa Eagle Football, acionista majoritária da SAF.

O dirigente reforçou que a equipe busca soluções para gerar receitas próprias, evitando depender exclusivamente do investidor americano. O planejamento inclui o avanço em patrocínios, aumento de receitas de bilheteria e novos acordos comerciais.


Dívidas chegam a R$ 700 milhões, segundo CEO

Thairo também apresentou números preocupantes sobre o endividamento do Botafogo. De acordo com ele, o montante total está na casa dos R$ 700 milhões, sendo:

  • R$ 300 milhões em impostos;

  • R$ 330 milhões devidos a clubes brasileiros;

  • R$ 70 milhões em outras obrigações financeiras.

Além disso, o portal Lance! revelou que a Eagle Football possui uma dívida de cerca de R$ 800 milhões com a SAF do Botafogo, valor que também influencia o equilíbrio das contas do clube a longo prazo.


Montenegro pede cautela do clube associativo nas decisões da SAF

Durante a mesma reunião, o ex-presidente Carlos Augusto Montenegro fez um apelo para que o clube associativo mantenha uma postura discreta nas decisões ligadas ao futebol, que são de responsabilidade da SAF (Sociedade Anônima do Futebol).

“O clube associativo deve se meter o mínimo possível nas questões relacionadas ao futebol”, afirmou Montenegro, em discurso que reforçou a importância da autonomia da gestão empresarial.


Análise: Botafogo busca equilíbrio, mas depende de Textor para sustentar o projeto

A fala de Thairo Arruda deixa claro que o Botafogo vive um momento de transição financeira delicada. Apesar de avanços administrativos e esportivos, o clube ainda depende fortemente do investimento de John Textor para manter o fluxo de caixa e seguir competitivo. Caso o aporte de R$ 350 milhões se confirme, o Glorioso poderá atravessar 2026 com mais estabilidade; do contrário, o risco de desequilíbrio financeiro permanece alto. O desafio agora é equilibrar a independência da SAF com a necessidade de investimento externo, consolidando um modelo sustentável a longo prazo.

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