Relação entre Botafogo e Lyon esfria, mas clube francês segue de olho em jogadores alvinegros

Parceiros nos últimos anos por fazerem parte do grupo Eagle Football Holdings, Botafogo e Lyon vivem um momento de distanciamento. Apesar disso, o clube francês mantém interesse em alguns jogadores do time carioca, embora os nomes não tenham sido revelados. A informação foi publicada pelo site “GE” nesta quarta-feira (12).

O Botafogo, por sua vez, adota uma postura mais estratégica nas negociações. O clube prefere priorizar propostas de equipes com maior poder financeiro, buscando maximizar os lucros em eventuais vendas. O Lyon, no entanto, enfrenta uma limitação importante: o regulamento do Campeonato Francês permite apenas quatro jogadores estrangeiros no elenco, o que reduz a margem de manobra para contratações vindas do Brasil.

Mesmo com a relação mais fria entre as partes, o Botafogo não descarta novas negociações com o Lyon. O clube trata a equipe francesa como qualquer outro interessado em seus atletas. Além disso, o Alvinegro ainda cobra valores de empréstimos feitos ao Lyon em transações anteriores, o que também contribui para um cenário de tensão entre os clubes.

O distanciamento entre as equipes é reflexo direto da crise de liderança dentro da Eagle Football Holdings. O empresário John Textor, fundador do grupo, se afastou do comando do Lyon, enquanto a empresa Ares Management tenta tirá-lo do controle do Botafogo. Essa disputa societária tem impactado a harmonia entre os clubes e pode influenciar futuras negociações.

Análise: parceria abalada e futuro incerto

A relação entre Botafogo e Lyon, que já foi vista como uma ponte promissora para o intercâmbio de talentos, agora passa por um momento de incerteza. Enquanto o clube brasileiro busca se consolidar financeiramente e manter independência nas decisões de mercado, o Lyon enfrenta restrições esportivas e administrativas. Caso o impasse na Eagle Football não seja resolvido, o cenário tende a se afastar ainda mais de uma cooperação real entre as duas equipes, transformando o que antes era uma parceria estratégica em uma simples relação de negócios.