A relação entre a torcida do Vasco e o elenco atravessa um de seus momentos mais delicados dos últimos anos. Após a derrota por 1 a 0 para o Bahia, a quinta consecutiva no Campeonato Brasileiro, parte da torcida organizada compareceu novamente ao CT Moacyr Barbosa para cobrar postura dos jogadores. Esse já é o quarto protesto em menos de dois anos, revelando um desgaste crescente entre arquibancada e vestiário.

Com autorização da direção comandada por Pedrinho, torcedores entraram no CT e direcionaram as críticas exclusivamente ao elenco, isentando Fernando Diniz e a diretoria. A irritação vem da queda brusca na tabela: o time, que ocupava a oitava colocação, despencou para o 13º lugar e voltou a conviver com o risco de rebaixamento.

Um dos representantes da torcida deixou claro o posicionamento:
“A gente normalmente fica em cima do técnico, a gente prefere. Mas estamos deixando bem claro que estamos com a diretoria e com o Diniz. Quem não estiver satisfeito, tchau! Pode ser quem for. A gente leva o time nas costas.”

Os vascaínos também criticaram a possibilidade de que alguns jogadores estariam incomodados com a carga de treinos proposta por Diniz. Segundo eles, há atletas fazendo “fofoquinha” nas redes sociais, alimentando um clima de instabilidade interna. Questões de comprometimento e comportamento extracampo também foram levantadas.

Durante o protesto, alguns torcedores chegaram a ironizar a ausência de jogadores antes criticados, como Léo Pelé e Maicon, destacando que, apesar das limitações técnicas, demonstravam entrega e profissionalismo superiores ao que veem atualmente no elenco.

O caso João Victor e o histórico de atritos

O elenco do Vasco não enfrenta descontentamento da torcida pela primeira vez nesta temporada. Em julho, após a goleada sofrida para o Del Valle, João Victor foi alvo de duras críticas em um protesto semelhante no CT. Torcedores acusaram o zagueiro de debochar das reclamações e reclamaram da frequência com que ele aparecia em passeios com a família.

O episódio aumentou o desgaste entre atleta e torcida. Um mês depois, João Victor pediu à diretoria e a Fernando Diniz para ser negociado, alegando incômodo com as cobranças e com o ambiente instável no clube. Sua saída foi mais um sinal de que o clima entre vestiário e arquibancada está longe de ser pacífico.


Análise: pressão máxima e cenário preocupante para a reta final

O ambiente turbulento no Vasco revela mais do que simples insatisfação com o desempenho recente. A crise expõe uma ruptura emocional entre elenco e torcida que pode afetar diretamente o desempenho dentro de campo. A confiança dos torcedores em Fernando Diniz mostra que o problema, na visão da arquibancada, está na postura de alguns jogadores — e isso coloca pressão interna sobre quem permanecer. Para um clube que ainda luta para se afastar do Z4, qualquer instabilidade pode ser fatal. Caso o elenco não responda rapidamente, a tensão pode atingir níveis difíceis de administrar.

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