Em junho deste ano, o Fluminense anunciou com grande expectativa a contratação do atacante Yeferson Soteldo, ex-Santos. O clube carioca desembolsou 5,5 milhões de dólares (cerca de R$ 30,5 milhões) para adquirir 50% dos direitos econômicos do jogador venezuelano. O contrato foi firmado até o fim de 2028, em um movimento que reforçava a ambição tricolor de ampliar seu poder ofensivo.
Entretanto, o desempenho de Soteldo com a camisa do Fluminense ainda não empolgou a torcida. Desde sua chegada, o atacante disputou 16 partidas, somando 417 minutos em campo, mas ainda não marcou gols nem deu assistências. A situação se agravou nas últimas rodadas, já que o jogador não entrou em campo nos últimos três jogos sob o comando de Luis Zubeldía.
O cenário financeiro da negociação também chama atenção. Segundo o acordo firmado entre Fluminense e Santos, existe uma cláusula obrigatória de compra: caso o clube das Laranjeiras não negocie o atleta até o fim de 2026, será obrigado a pagar mais 2 milhões de dólares (aproximadamente R$ 11,1 milhões) pelos outros 50% dos direitos de Soteldo.
Além disso, o Santos incluiu um termo de quitação de uma dívida antiga de 500 mil dólares (cerca de R$ 2,7 milhões), referente a gestões anteriores do clube paulista. Esse valor, conforme divulgado pelo jornal O Globo, será pago diretamente pelo Fluminense ao jogador, como parte do acordo.
O investimento total se torna ainda mais expressivo quando se considera o salário mensal de Soteldo, que gira em torno de R$ 1 milhão. Assim, o venezuelano já representa uma das contratações mais onerosas do atual elenco tricolor, mas com baixo retorno esportivo até o momento.
Análise: risco alto e retorno baixo até agora
A contratação de Soteldo mostra o quanto o Fluminense apostou em talento e potencial individual. No entanto, até aqui, o investimento parece não ter se traduzido em resultados dentro de campo. Com um elenco competitivo e um técnico que valoriza intensidade e disciplina tática, o atacante ainda não encontrou o espaço ideal para mostrar o futebol que o consagrou no Santos. Caso o venezuelano não evolua rapidamente, o Fluminense pode se ver diante de um contrato pesado e de difícil revenda, algo que exigirá cautela e boa gestão da diretoria nos próximos meses.
Sobre o Autor
0 Comentários